1. (ENEM-2011-H19) Os biocombustíveis de primeira
geração são derivados da soja, milho e cana-de-açúcar e sua produção ocorre
através da fermentação. Biocombustíveis derivados de material celulósico ou
biocombustíveis de segunda geração — coloquialmente chamados de “gasolina de
capim” — são aqueles produzidos a partir de resíduos de madeira (serragem, por
exemplo), talos de milho, palha de trigo ou capim de crescimento rápido e se
apresentam como uma alternativa para os problemas enfrentados pelos de primeira
geração, já que as matérias-primas são baratas e abundantes.
DALE,
B. E.; HUBER, G. W. Gasolina de capim e outros vegetais.
Scientific American Brasil. Ago. 2009, nº
87 (adaptado).
O texto mostra
um dos pontos de vista a respeito do uso dos biocombustíveis na atualidade, os
quais
A) são matrizes
energéticas com menor carga de poluição para o ambiente e podem propiciar a
geração de novos empregos, entretanto, para serem oferecidos com baixo custo, a
tecnologia da degradação da celulose nos biocombustíveis de segunda geração
deve ser extremamente eficiente.
B) oferecem
múltiplas dificuldades, pois a produção é
de alto custo, sua implantação não gera empregos, e deve-se ter cuidado
com o risco ambiental, pois eles oferecerem os mesmos riscos que o uso de combustíveis
fósseis.
C) sendo de
segunda geração, são produzidos por uma tecnologia que acarreta problemas
sociais, sobretudo decorrente do fato de a matéria-prima ser abundante e
facilmente encontrada, o que impede a geração de novos empregos.
D) sendo de
primeira e segunda geração, são produzidos por tecnologias que devem passar por
uma avaliação criteriosa quanto ao uso, pois uma enfrenta o problema da falta
de espaço para plantio da matéria-prima e a outra impede a geração de novas
fontes de emprego.
E) podem
acarretar sérios problemas econômicos e sociais, pois a substituição do uso de
petróleo afeta negativamente toda uma cadeia produtiva na medida em que exclui
diversas fontes de emprego nas refinarias, postos de gasolina e no transporte
de petróleo e gasolina.
2. (ENEM-2011-H19) O etanol é considerado um
biocombustível promissor, pois, sob o ponto de vista do balanço de carbono,
possui uma taxa de emissão praticamente igual a zero. Entretanto, esse não é o
único ciclo biogeoquímico associado à produção de etanol. O plantio da
canade-açúcar, matéria-prima para a produção de etanol, envolve a adição de
macronutrientes como enxofre, nitrogênio, fósforo e potássio, principais elementos
envolvidos no crescimento de um vegetal.
Revista
Química Nova na Escola. no 28, 2008.
O nitrogênio
incorporado ao solo, como consequência da atividade descrita anteriormente, é
transformado em nitrogênio ativo e afetará o meio ambiente, causando
A) o acúmulo de
sais insolúveis, desencadeando um processo de salinização do solo.
B) a eliminação
de microrganismos existentes no solo responsáveis pelo processo de
desnitrificação.
C) a
contaminação de rios e lagos devido à alta solubilidade de íons como NO3-
e NH4+ em água.
D) a diminuição
do pH do solo pela presença de NH3, que reage com a água, formando o
NH4OH(aq).
E) a diminuição
da oxigenação do solo, uma vez que o nitrogênio ativo forma espécies químicas
do tipo NO2, NO3-, N2O.
3. (ENEM-2009-H19) O álcool hidratado utilizado como
combustível veicular é obtido por meio da destilação fracionada de soluções
aquosas geradas a partir da fermentação de biomassa. Durante a destilação, o teor
de etanol da mistura é aumentado, até o limite de 96% em massa.
Considere que,
em uma usina de produção de etanol, 800 kg de uma mistura etanol/água com
concentração 20% em massa de etanol foram destilados, sendo obtidos 100 kg de
álcool hidratado 96% em massa de etanol. A partir desses dados, é correto
concluir que a destilação em questão gerou um resíduo com uma concentração de
etanol em massa
A) de 0%.
B) de 8,0%.
C) entre 8,4% e
8,6%.
D) entre 9,0% e
9,2%.
E) entre 13% e
14%.
4. (ENEM-2008-H26) A Lei Federal n.º 11.097/2005
dispõe sobre a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira e
fixa em 5%, em volume, o percentual mínimo obrigatório a ser adicionado ao óleo
diesel vendido ao consumidor. De acordo com essa lei, biocombustível é
“derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com
ignição por compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de
energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem
fóssil”. A introdução de biocombustíveis na matriz energética brasileira
A) colabora na
redução dos efeitos da degradação ambiental global produzida pelo uso de
combustíveis fósseis, como os derivados do petróleo.
B) provoca uma
redução de 5% na quantidade de carbono emitido pelos veículos automotores e
colabora no controle do desmatamento.
C) incentiva o
setor econômico brasileiro a se adaptar ao uso de uma fonte de energia derivada
de uma biomassa inesgotável.
D) aponta para
pequena possibilidade de expansão do uso de biocombustíveis, fixado, por lei,
em 5% do consumo de derivados do petróleo.
E) diversifica o
uso de fontes alternativas de energia que reduzem os impactos da produção do
etanol por meio da monocultura da cana-de-açúcar.
5. (ENEM-2008-H08) O potencial brasileiro para gerar
energia a partir da biomassa não se limita a uma ampliação do Pró-álcool. O
País pode substituir o óleo diesel de petróleo por grande variedade de óleos
vegetais e explorar a alta produtividade das florestas tropicais plantadas.
Além da produção de celulose, a utilização da biomassa permite a geração de
energia elétrica por meio de termelétricas a lenha, carvão vegetal ou gás de
madeira, com elevado rendimento e baixo custo.
Cerca de 30% do
território brasileiro é constituído por terras impróprias para a agricultura,
mas aptas à exploração florestal. A utilização de metade dessa área, ou seja,
de 120 milhões de hectares, para a formação de florestas energéticas,
permitiria produção sustentada do equivalente a cerca de 5 bilhões de barris de
petróleo por ano, mais que o dobro do que produz a Arábia Saudita atualmente.
José
Walter Bautista Vidal. Desafios Internacionais
para
o
século XXI. Seminário da Comissão de
Relações
Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara
dos
Deputados, ago./2002 (com adaptações).
Para o Brasil,
as vantagens da produção de energia a partir da biomassa incluem:
a) implantação
de florestas energéticas em todas as regiões brasileiras com igual custo
ambiental e econômico.
b) substituição
integral, por biodiesel, de todos os combustíveis fósseis derivados do
petróleo.
c) formação de
florestas energéticas em terras impróprias para a agricultura.
d) importação de
biodiesel de países tropicais, em que a produtividade das florestas seja mais
alta.
e) regeneração
das florestas nativas em biomas modificados pelo homem, como o Cerrado e a Mata
Atlântica.
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